quarta-feira, 27 de abril de 2011

VOCABULÁRIO FEMININO

Foto Arquivo Luz Marina
PALAVRA DE MULHER... 
Seja na minha vida pessoal ou na terapia sou fascinada pelo poder da palavra na boca da mulher. Segundo o momento, a necessidade, o desejo, as possibilidades ou as dificuldades, as palavras são faladas, colocadas, reinventadas, afirmadas, negadas e VIVIDAS.
Palavras como culpa, intuição, desejo, amor, medo, raiva, responsabilidade e desejo dentre outras, pulam, crescem, intimidam, vai e voltam.
Estou reeditando este post com o maravilhoso texto de Leila Ferreira, um OUTRO OLHAR.  
Abraços
Luz Marina

Vocabulário feminino

Leila Ferreira
"Se eu tivesse que escolher uma palavra – apenas uma –
para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje,
essa palavra seria um verbo de quatro sílabas:
descomplicar.
Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está
passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza:
exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos,
reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o
espelho.
Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para
chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos
e merecemos – ter.
Mas há outras palavras que não podem faltar no kit
existencial da mulher moderna.
Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos
sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas,
acabamos deixando as amizades em segundo plano.
Incorpore ao seu vocabulário também duas palavras que têm
estado ausentes do cotidiano feminino:
pausa e silêncio.
Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes
por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia – não
importa – e a ficar em silêncio.

Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até
100 antes de uma decisão importante, entender melhor os
próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio
quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o
verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a
expressão de uma mulher mal-humorada.
Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas
do nosso dia a dia.

Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste
atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro
com aquela amiga engraçada – faça qualquer coisa, mas ria.
O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e
nos reconcilia com a vida.
 

Outro vocabulário: gentileza. Ter classe não é usar roupas
de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente
mais importante do que saber se vestir.
Vamos resgatar aquele velho exercício que anda esquecido:
aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você
gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco,
na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado,
na academia.
E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que
deveriam ser indissociáveis da vida:
sonhar e recomeçar.
Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana
na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que
vai conquistar um dia ... sonhar é quase fazer acontecer.
Sonhe até que aconteça. E recomece, sempre que for
preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos
relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de
manobra: use-o para reinventar a si mesma.
E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu
Aurélio a palavra perfeição.

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades,
inseguranças, limites.

Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a
dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a
esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar
ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não
arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni.
Mulheres reais são mulheres imperfeitas.

E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres
livres.  Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o
excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa
toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível".










sábado, 2 de abril de 2011

REALIZAÇÃO: "ANTES TARDE DO QUE NUNCA"

Foto-Luz Marina/ Escola Municipal em Laranjeiras-RJ


Após de assistir a este vídeo do YouTube, fechei meus olhos e tentei imaginar Janey Cutler com 40 anos de idade “cantarolando” pelos cantos da sua casa com essa sua voz potente, talvez cantando sozinha na cozinha, cantando para seus filhos ou para seus amigos, talvez  sonhando ser famosa ou simplesmente cantar.

Ela aparece plena nos seus 80 anos de idade, serena, orgulhosa, dona do seu nariz e das suas respostas. Esta mulher avó de treze netos e bisavó de quatro bisnetos descreve-se como uma mulher com uma vida ótima, sete filhos, momentos difíceis, mas uma vida feliz SEM ARREPENDIMENTOS...
Que maravilha!!! Viver e poder dizer “ANTES TARDE DO QUE NUNCA”, e que espetáculo viver e poder REALIZAR aquilo que a gente quer..

A palavra REALIZAÇÃO aprece no cotidiano de nossas vidas algumas vezes acompanhada do auto-reconhecimento, da auto-aceitação, da auto-estima, das conquistas, dos sonhos e lamentavelmente outras bem perto do medo, da frustração, da impotência, da desesperança, da desconfiança, do comodismo, da negação, das auto-limitações, da indiferença, da impotência, da tristeza e da depressão.

Realizar diz de um movimento, de uma escolha, de uma decisão, de uma ação...
Auto – realização é um sentimento internalizado do reconhecimento dos nossos movimentos, nossas escolhas e do nosso agir, sentimento que valoriza o reconhecimento de nossas necessidades, desejos, sonhos, objetivos e metas.

Janey Cutler cantou...
“Não teremos nenhum arrependimento...oh, a vida continua...”
Abraços e que seja abril um mês de muitas realizações
Assista:http://www.youtube.com/watch?v=8ADvp6fkMyQ&feature=autofb